quinta-feira, 18 de março de 2010

Meu caminho.

Talvez eu apenas tenha cansado das coisas comuns. Cansada de ter sempre a cama arrumada, de ter minhas roupas bem passadas na gaveta, de sentir o peso da rotina. Talvez eu quisesse algo com mais adrenalina, sentir meus poros vibrando novamente que me fizesse lançar-me a algo maior e pleno. Talvez essa mesma vontade me fez impulsionar e mudar meus planos de uma hora pra outra, mudar de cidade, correr o mundo, querer mais. Mais vida, mais perigo, mais prazeres secretos. Então eu mudei, então eu inverti a ordem natural das coisas e me joguei profundamente em algo que eu nem ao menos sabia no que ia dar.Mas descobri que aquilo está me enchendo de vida. Enchendo meu pulmão e minha alma. E aquilo que me completa e me impulsiona hoje pode não ser nada daqui uma década, quem sabe menos. Mas eu não sou alguém preparada para viver o futuro, apenas vivo o presente. E seja lá o que for estarei feliz. Felicidade, molécula quebrada em vários momentos únicos, algo que dura fração de segundos, mas que fixa em ti para sempre. E se amanha não for nada disso irei me jogar de um prédio e quem sabe ainda me sobrarão mais seis vidas.

terça-feira, 16 de março de 2010

Algo diferente...

Bonecas e carrinhos, futebol e casinha.
Tudo tão duramente imposto. Quando uma grávida descobre que vai ter uma menina, instintivamente planeja toda a decoração rosa ou tons mais clarinhos, mais "femininos".
Porém, quem disse que rosa é para garotos ou azul para meninos?
Primeiro aniversário do garoto... Tema da festa? Furebol, ou carrinhos de corrida...
Primeiro livro de histórinhas das crianças? Sempre com princesas absurdamente lindas, e príncipes fortes, altos e que andam perfeitamente a cavalo e são exímios espadachins.
Tantos modelos pré-fabricados.
E se nem todas as princesas casassem com os príncipes?
Se nem todos os príncipes fossem lindos e fortes, brancos de olhos claros?
E se nem todo sapo fosse feio e necessitasse de transformação?
Como seria a sociedade? Teríamos outros tipos de preconceitos? Seriamos menos imbecis ao lidar com o que nos é diferente?
Creio que os valores que servem de base para muitas culturas são pontos de vistas de oturos, que viveram antes de nós, e que nos legaram tal modo de lidar com a vida de forma muito determinista, e nós, por comodismo ou por concordância, acabamos aceitando esse legado sem questionamentos. Quando nos deparamos com pessoas que, de algum modo, quebraram esses paradigmas e tentam construir valores que se adequem as suas crenças e forma de ver o mundo, acabamos por rotulá-los preconceituosamente. Não sabemos coexistir com o diferente. Não sabemos enfrentar de cara o que não nos é comum.
E se numa dessas historinhas da carochinha encontrássemos dois príncipes perdidamente apaixonados? Ou ainda, se encontrássemos uma princesa, que fosse feliz, e gorda? Ou pior, se eoncontrássemos uma princesa e um príncipe que fossem gordos, negros e sem grandes atrativos físicos...? Será que deixaríamos nossos filhos desfrutarem de uma leitura assim? Será que aceitaríamos de bom grado que nas escolas ministrassem literatura (infantil) utilizando tais livros?
A hipocrisia assola a humanidade. Esquecemos de ser humanos para sermos julgadores dos nossos próprios semelhantes. Deixamos de lado o principio básico do "amai ao próximo, como a si mesmo" e partimos para o "cada um por si". E para que tudo isso? Ver filhos sendo expulsos de casa pelos pais, apenas por terem uma convicção sexual diferente daquela que nos é imposta ao nascermos? Ver adolescentes cometendo suicídio por não se adequarem aos padrões exigentes da moda? Ver pessoas negras assassinadas apenas por terem mais melanina no sangue?
Queremos a paz no mundo e nos esquecemos de que as primeiras mudanças devem ocorrer no nosso próprio espaço, no nosso dia-a-dia. Nas escolas, creches, nos bairros, universidades... E, principalmente, dentro da nossa própria casa.


/viva as diferenças!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Você?! Vampiros...

São sempre em cidades gélidas, antigas e acizentadas que as tão famosas lendas de Vampiros aparecem. Imaginam-se sempre aqueles altos, galantes, pálidos e bonitos homens ou mulheres lindas, jovens... Sugadores de sangue. Dependentes da vida humana para se fazer existir. Porém, me encontro em meu apartamento, numa cidade não tão velha, extremamente calorenta e totalmente cheia de cores, e sigo me perguntando por qual razão tenho a impressão de viver rodeada por um tipo muito peculiar de vampiros...

Tá! Tudo bem. Entendo que possa estar soando um tanto quanto louca, porém acredite: no meu mundo, neste século, neste país tropical... Lido com vários tipos vampirescos. Vampiros que não dependem de sangue para sobreviver, mas que vivem à custa da dignidade, bondade, caridade, lealdade (dentre outras coisas) alheia. Vampiros que não satisfeitos com suas próprias vidas sugam outras pelos simples prazer de destruir, arruinar... Pessoas que não têm escrúpulos. Que mentem sem o menor podor. Espalham fofocas apenas para ver "o circo pegar fogo". Que sobem num palanque durante uma campanha política e distribuem sorrisos falsos, falam promessas incoerentes e que certamente cairão no hall das coisas "im"possíveis de serem cumpridas. Vampiros que seduzem, hipnotizam e nocauteiam a vitima com tamanha precisão que assustaria talvez até o Conde Drácula. Teria histórias imensas para contar, histórias sem fim, de todas as vezes que vi traições, maldades, infâmias, falsas promessas, vinganças... Olhei nos olhos de Vampiros. Não os Vampiros das lendas e romances... Mas os verdadeiros. Aqueles que estão em toda a parte e que, por vezes, nos cegam com suas palavras e dissimulações. Mas que não conseguem por muito tempo deixar suas identidades vampiricas debaixo do capuz. Um dia as máscaras caem!

É assustador compreender que o ser humando será sempre uma enorme caixinha de surpresas, e que mesmo aqueles nos quais mais confiamos e com os quais convivemos por anos a fio de uma hora para outra podem nos surpreender. Essas surpresas podem não ser tão agradáveis quanto gostaríamos que fossem.

Os Vampiros das lendas continuarção a nos encantar e assustar por anos.
Os Vampiros de verdade... Teremos que aprender a lidar com eles, e tentar não provocar sua fúria a ponto de ser alvo das suas vinganças e planinhos, ou apenas devemos nos deixar morder por um deles, e feri-los com a mesma mordida...

Vampiros de sangue?! Vampiros de alma.
What's wrong with the world? That's the f***** question.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Tua Presença

Pensamentos felizes vibram de forma intensa em minha mente. Acordei bem! O Sol está ali fora, a postos, para me dizer que o dia vai ser bom. Não sinto calor excessivo, mas algo dentro de mim me aquece, me preenche... Sim! Sinto tua falta. E como sinto. Mas essa sensação de te imaginar perto me faz vibrar numa frequência diferente. Fecho os olhos e te vejo sorrindo. Levanto a mão e quase posso te tocar. Se eu forçar um pouco quase posso sentir o teu cheiro, tua pele macia de encontro a minha... E sabe qual a razão de tudo isso?! Bom, essa é bem fácil de responder:

A Tua Presença

Presença que inunda o meu ser, me faz viajar por lugares que eu jamais pensei estar. Me faz perder a linha, perder o rumo... Me torna criança 'feliz a brincar'. Me torna mulher, forte o suficiente pra nunca deixar de lutar. A tua presença é luz pra mim. Lembro-me do primeiro abraço que demos, e lembro como a tua presença me marcou. Pude te sentir tão pulsante em meus braços. Devo confessar que estava mais nervosa e emocionada do que realmente demonstrei. A tua presença me tatuou. Presença essa que quero poder desfrutar por décadas. Lembro-me de como o dia estava claro naquela nossa primeira tarde, como passamos horas sentados conversando sem tanta intimidade... Lembro-me de como você me pedia beijos com os olhos, e eu te devolvia desejos com meu olhar. Detalhes bobos. Teu cabelo preto. Teus olhos brilhantes. Tua boca vermelha. Tuas mãos carentes de mim. Teu jeito de falar. Teu jeitinho de comer hambúrger. A forma peculiar que você tem de andar. Te ver dormir! Acordar e te ver me olhando. Beijos, braços, pernas, desejos, cabelos, mãos... Tudo. Na tua presença é o lugar que me sinto bem, onde eu pertenço. Sem sombra de dúvidas...

Sinto tua falta e não vejo a hora de me sentir "em casa" novamente...
em Tua Presença.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tua Falta

Levo a garganta cerrada
Um grito que nunca saiu e essa vontade rasgada de chorar
Levo a alma pesada
Sombras passeiam por mim, pesam em meus olhos, em minha carne...
Levo o corpo estremecido
Meus órgãos já não funcionam bem, e a luz me faz falta
Mas ainda assim eu espero, tenho tentado ter paciência
Espero por acreditar em ti, espero por querer-te tanto
Sinto tanta falta dos braços que sempre me acalmam
Sinto falta dos dias em que sorrir não era esforço algum
Sinto falta até de conseguir escrever algo que seja coerente.
Ando tão à flor da pele, sentidos tão aguçados
Quero apenas ter mais certezas do que fé.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A Garota Que Você Ama

A garota que você ama pode te surpreender, pode te chocar.
Ela pode ser devassa, pode ser pervertida...
Pode querer te comer vivo, ou apenas te provocar até te enlouquecer.
Pode te virar de ponta cabeça e te deixar sem chão.
Ela pode ser carinhosa, e pode fazer você se entregar...

Garotas são mágicas, são traiçoeiras.
São instáveis e contraditórias de várias maneiras.
São ingênuas, intrigantes, anjos e demônios.
Garotas são saborosas, florais e fogosas...
São aquele desejo que em ti arde, e aquela vontade que te consome.
Garotas são perversão e inocência.
São vento que nocauteia e chuva que abranda.

Garotas, são apenas garotas.
E quanto a mim?! Bem...
Eu sou "A Garota Que Você Ama"
(The Girl You Love) ~

Ao Te Encontrar...

Quando cheguei aqui você estava solitária, se sentindo péssima sobre o mundo e sobre as cores que haviam mudado, tudo parecia um pouco cinza e as flores já não tinham mais aquela cor viva de antes. Sentei-me ao teu lado, te olhei nos olhos e te dei a mão. Pintei para ti um novo mundo, com todas as cores existentes, com toda a vida que havia dentro de mim. Pintei amor! Pintei paixão! Pintei o fogo que ardia dentro de mim, e que queria que queimasse dentro de ti. Doei meus dias, minhas horas a essa pintura. Trabalhei arduamente para alcançar a tua alma, para tocar teus ossos, parte mais profunda da estrutura humana. Sorri com entusiasmo, vibrava com tuas melhoras e te premiava com minha própria vida diante dos teus acertos e crescimento.

E enfim você melhorou, cresceu em tamanho e colorido. As cores que voltaram já não são as minhas refletidas em ti. São as tuas próprias, cores que te compõem e te completam. E hoje vejo que a paixão arde em nossos corpos de forma igual, e nos une em corpo, mente e alma. Hoje pintamos nossas próprias telas, juntos.